Beata Lindalva

Como Filha de São Vicente de Paula, dedicava-se ao serviço dos pobres e tornou-se mártir da castidade por testemunhar a fidelidade a seu Esposo Cristo Jesus! Conheça sua...


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- Venerável Maria de Lourdes Guarda


 

 

Homem deitado na cama ao lado de bebê

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Venerável Maria de Lourdes Guarda



*22/novembro/1926   +5/maio/1996


Maria de Lourdes Guarda nasceu em 22 de novembro de 1926, em Salto, SP, filha de Innocêncio Guarda e Júlia Froner Guarda. Cresceu junto com seus irmãos Geraldo e Leonor. Após freqüentar o grupo estadual de Salto, foi interna no Colégio Patrocínio, das Irmãs de São José de Chambéry, em Itu[1]. De volta a Salto, aos 18 anos, lecionou no Colégio da Congregação das Filhas de São José. Era como as outras mocinhas da pequena cidade, talvez um pouco mais sociável, alegre e falante do que as outras. Irradiava alegria e felicidade, dedicava todo seu tempo às crianças do externato ou às atividades da Igreja. Vivia feliz e fazia questão de demonstra-lo.

Sonhava em seguir os passos de sua irmã Leonor, que entrara para a congregação das Filhas de São José, e tinha assumido o nome religioso de Irmã Conceição. Lourdes precisava, primeiro, tratar de um problema de saúde, pois exames detectaram uma lesão na coluna vertebral, que lhe causava muita dor. Foi operada, com relativo sucesso, no Hospital Matarazzo, na capital, em 12 de agosto de 1947. As dores, porém, não passaram, e ela precisou se submeter à uma segunda cirurgia que a paralisou da cintura para baixo. Na tentativa de faze-la de novo andar, foram 6 cirurgias no espaço de 5 anos. A última operação eliminou de vez qualquer esperança. Mais. O pé direito estava gangrenado e a perna foi amputada do joelho para baixo. Os médicos que a trataram se empenharam para que lhe fosse permitido permanecer no hospital, recebendo a melhor assistência possível. Amigos ajudavam a pagar a diária.

Ainda lutou muito para poder ao menos conseguir ficar sentada em uma cadeira de rodas, mas sem sucesso. Crises renais a levaram à beira da morte. Não podia ingerir sal, ficou diabética e a dieta a deixava cada vez mais fraca. Tomava insulina todos os dias e precisa se alimentar continuamente para vencer a fraqueza. Assim, acabou engordando, e quem a via nem acreditava que estava doente. Vivia deitada em uma forma de gesso, com uma perna amputada e a outra atrofiada, impossibilitada de sentar-se. A pele fina das pernas era tão sensível que não suportava nem o toque do lençol, tendo que ficar protegida por uma armação de madeira.

Esses sofrimentos sempre foram vividos com oração e fé intensa. Frustrada a esperança de sair da cama do hospital, apropriou-se da paz de quem descobre que a verdadeira vida vai muito além dos limites do corpo. Mantinha sempre o sorriso nos lábios, com otimismo e fé no futuro. Sua evolução espiritual foi profunda. Estava sempre feliz e unida fortemente à vontade de Deus[2].

Já em 1957 havia conseguido um emprego, bordando para uma oficina, onde nunca faltava o serviço. Conseguia, assim, pagar suas diárias. Começa como que um segundo período de seu desenvolvimento espiritual, a “vida ocultaâ€, um tempo de elaboração e aprofundamento. Acabam os sonhos impossíveis de cura, assume sua condição de deficiente física e desenvolve suas potencialidades humanas. Sai de si, voltando-se para os outros, a começar pelas companheiras de quarto no hospital. Em 1963, uma senhora que a conhecera e descobrira seu valor espiritual, desejando-lhe proporcionar mais privacidade para contatos pessoais, propôs-se a pagar-lhe um quarto particular. Pode então rezar e trabalhar com mais tranqüilidade. Este período da vida de Maria de Lourdes foi extremamente rico. Seu quarto se torna um ponto de encontro, um pólo de atração para quem procura conforto e ajuda em suas carências. Sua adesão profunda à vontade de Deus a levou a vivenciar o dinamismo da Vida Divina, doação e Amor sem fim. Descobriu o céu na terra, no coração da humanidade. Pessoas de todas as condições sociais, idades, religiões e pelas mais variadas situações a procuram. Quem por amizade, quem para oferecer ajuda ou para pedir ajuda. Seu quarto vive cheio, e vai criando uma rede de colaboradores de todas as camadas sociais. Cresce também a fama do poder de sua oração.

Archimedes Lammoglia era estudante de medicina na época em que Lourdes lecionava em Salto. Ele a indicou para o tratamento médico, e tal qual ‘anjo da guarda’, o doutor Archimedes acompanhou-a por toda a vida e até na morte. Médico residente no Hospital Matarazzo, nunca se casou; sempre ocupou um quarto ao lado do de Maria de Lourdes e a visitava diariamente. Foi deputado estadual durante 8 legislaturas, e através dele Lourdes entrou em contato com muitos políticos e pessoas influentes para resolver casos desesperados que lhe batiam à porta.

Em 1970 passou a pertencer ao ‘Instituto Secular Caritas Christi’, no qual se manteve até o fim da vida[3]. O grupo se reunia mensalmente em seu quarto, onde o assistente espiritual, Frei Barruel de Lagenest, celebrava a missa.

O terceiro período da vida de Lourdes, que podemos chamar de “vida públicaâ€, é a maturidade fecunda que se realiza em seu engajamento na Fraternidade Cristã de Doentes e Deficientes (FCD)[4], que ajudou a difundir no Brasil. Em 1977, junto com o Pe. Geraldo Labarrère Nascimento, sj, começaram suas andanças difundindo e organizando a Fraternidade na cidade, formando grupos. Conseguiu a participação até mesmo de detentos deficientes físicos, a quem amava com infinita misericórdia. Aos poucos foram sendo formados grupos em várias cidades do estado de São Paulo. Com uma Kombi de segunda mão, lá iam os missionários. Incrível a disposição de Lourdes nessas viagens, daqueles que a acompanhavam e de quantos se deparavam com ela. Todos queriam ajudar. Era como se tocar Lourdes fosse uma bênção. Em 1980 ela foi eleita Coordenadora Nacional da FCD, e a equipe então começou a transpor as fronteiras do estado, viajando de avião uma vez por mês[5], formando grupos em todos os territórios do Brasil. O exemplo de Lourdes arrastava os deficientes a saírem de sua resignação, a transpor limites e realizar suas potencialidades.

Seu mandato terminou em 1992, cessaram suas viagens, mas iniciou a batalha pelo não fechamento do hospital Matarazzo, então chamado de Humberto Primo, que acabou sendo fechado em 1993. Lourdes e os funcionários tentaram reverter essa situação absurda de descaso com a saúde pública, mas em vão.

Em 1996, depois de 48 anos, teve que ser transferida para o Hospital Santa Catarina. Nessa mudança, e por complicações de saúde, inclusive um câncer, vivenciou profundamente a experiência do abandono, como Cristo na cruz. Mas sua alma estava em uma paz profunda... Dois meses depois, no dia 5 de maio de 1996, por volta das 6 horas da tarde, hora da Ave-Maria, faleceu no Senhor.

 

Restos mortais: no altar da Sagrada Família  na igreja matriz da Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrat, em Salto, SP.

Causa de canonização: encaminhada pela Diocese de Jundiaí; em 29/setembro/2007, a Diocese de Jundiaí recebeu o nihil obstat para iniciar o processo de beatificação; em 18/abril/2008 teve início a causa diocesana do processo, que foi concluído em 8/julho/2010; conclusão da Positio em março/2021; Decreto das Virtudes Heroicas em 21/novembro/2025.

Bibliografia sobre Maria de Lourdes Guarda:

Margarida OLIVA e Guilherme Salgado ROCHA. Um quarto com vista para o mundo – A vida de Maria de Lourdes Guarda. São Paulo: Ed. Loyola, 2a. ed., 2005, 87 p.

Para comunicar graças alcançadas e maiores informações: CÚRIA DIOCESANA DE JUNDIAàCausa de Canonização de Dom Gabriel Rua Engenheiro Roberto Mange, 400, Anhangabaú Jundiaí-SP, Brasil CEP 13208-240

Facebook:  “Maria de Lourdes Guarda†https://www.facebook.com/mariadelourdesguarda/?eid=ARA50dbeuq0ylI4zmtMQ79wN8Xz8EVYYU_kwn9BVwI1IKf7onvv2sJfI5rlCQq8Vo5diH5PnN8hDduM9

 

 

 



[1] O colégio foi fundado em 1859, pela Venerável Me. Teodora Voiron (C.12), falecida em 1925.

[2] De suas cartas durante esses anos podemos colher trechos significativos:

“Estou tão contente de passar na cama este mês de maio, assim tenho tempo de pensar só em minha alma, veja que bom! Reze bastante para mim†(1949); “Recebi dia 29 uma bênção especial do Santo Padre (...), Nosso Senhor me deu a graça do sofrimento, mas não faltam consolações e esta foi uma delas†(1949);  “Apesar de mais estas últimas novidades (sobre insucessos e dificuldades do tratamento), continuo bem e feliz, carregando com muita alegria a doce cruz da dor, assim quer Nosso Senhor, assim também quero eu, que sempre desejo fazer a vontade dele†(1950); “Nosso Senhor me quer muito bem, por isso quer separar-me de tudo para que nesta ocasião estejamos só nós dois para sofrer†(1951); “Meu amor por Nosso Senhor é bastante grande para eu ter renunciado às minhas mínimas vontades  com esta mudança, porém estou satisfeita em submeter a minha vontade à Dele (...) O padre capelão é muito bom e traz-me a comunhão todos os dias. Recebendo Nosso Senhor, de nada posso reclamar, pois tenho tudo†(1951); “Minha alma me faz compreender que jamais eu serei feliz sem o sofrimento†(1951); “Cada vez mais me convenço de que só o amor a Nossos Senhor torna suave e desejável minha vida. Às vezes, para  contentar os outros, preciso fingir que tenho vontade que minha vida mude, porque se vou exprimir meus sentimentos a quem não compreende a felicidade do sofrimento por amor, pensaria que eu estaria louca. De fato, cheguei à loucura de amar, mas ao Único que merece todo o meu amor!†(1951).

 

[3] Fundado na França pelo dominicano Frei Joseph-Marie Perrin e uma jovem, Juliette Molland, foi aprovado pela Santa Sé em 1955. Sua finalidade é evangelizar o mundo por meio de uma presença o mais discreta possível, permanecendo habitualmente em sua própria família e profissão, procurando viver o evangelho em cada momento de sua vida.

[4] Movimento internacional fundado na França pelo Pe. Henry François, em 1945. Maiores informações no site oficial do movimento no Brasil: www.freterbrasil.com.br . Trata-se um movimento ecumênico, que trabalha pela união pessoal e comunitária entre doentes, deficientes e colaboradores, bem como pelo seu desenvolvimento integral, tanto humano como espiritual. Hoje são mais de 240 núcleos em todo o Brasil, com mais de 25.000 fraternistas. Em 1988 foi aprovado o Documento Base da FCD no Brasil, cuja principal inspiradora foi Maria de Lourdes, e colaborou para uma renovação da FCD no mundo todo.

[5] Durante 5 anos a empresa Transbrasil lhe deu as passagens, segundo a convenção internacional: uma pessoa de maca deve ocupar no avião 9 lugares, isto é, 6 para a maca e 3 para os acompanhantes, incluindo médico e enfermeiro.

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